domingo, 23 de agosto de 2009
CHICO XAVIER
"A morte é a mudança completa de casa sem mudança essencial da pessoa".
"Planejar a infelicidade dos outros é cavar com as próprias mãos um abismo para si mesmo."
"A revolução em que acredito é aquela ensinada por Nosso Senhor Jesus Cristo que começa pela corrigenda de cada um, na base do façamos aos outros aquilo que desejamos que os outros nos façam".
"Eu vivo muito alegre, muito feliz, trabalho, tenho sempre muita gente em volta de mim, muita, muita gente na minha vida, é disso que eu gosto."
"Devemos efetuar campanhas de silêncio contra as chamadas fofocas, cultivando orações e pensamentos caridosos e otimistas, em favor da nossa união e da nossa paz, em geral".
"O bem que praticares, em algum lugar, é teu advogado em toda parte."
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Amor e humildade
Nós viveremos, universo em fora,
Trazendo dentro d'alma a vida acesa
No ritmo da luz da Natureza,
Que é a eterna vibração da eterna autora.
A dor, somente a dor nos aprimora,
Nos caminhos da prova e da aspereza,
Elevando a nossa alma na grandeza
Da grande claridade redentora.
Somos os lutadores peregrinos,
Sonhando pela estrada dos destinos,
Um castelo de paz, ventura e glórias.
Sabemos do passado envolto em ruínas
Que a luz do amor e as rudes disciplinas,
São as chaves das últimas vitórias.
Raul de Leoni (Soneto psicografado em 1936)
Poema:
Nasceste no lar que precisavas,
Vestiste o corpo físico que merecias,
Moras onde melhor Deus te proporcionou,
De acordo com teu adiantamento.
Possuis os recursos financeiros coerentes
Com as tuas necessidades, nem mais,
nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas.
Teu ambiente de trabalho é o que elegeste
espontaneamente para a tua realização.
Teus parentes, amigos são as almas que atraíste,
com tua própria afinidade.
Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle.
Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais,
buscas, expulsas, modificas tudo aquilo
que te rodeia a existência.
Teus pensamentos e vontade são a chave de teus atos e atitudes...
São as fontes de atração e repulsão na tua jornada vivência
Não reclames nem te faças de vítima.
Antes de tudo, analisa e observa.
A mudança está em tuas mãos.
Reprograma tua meta,
Busca o bem e viverás melhor.
Embora ninguém possa voltar atrás e
fazer um novo começo,
Qualquer Um pode Começar agora e fazer um Novo Fim.
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Caridade
Use o tostão que sobra
E que em nada te aproveita,
Dar sempre é exemplificara caridade perfeita!
Caridade é, muitas vezes,
Fazer-se sempre o menor,
Está na luz da Humildade
A caridade melhor.
Caridade é perdoar
A quem te causa uma dor
É converter todo o espinho
Numa braçada de flor.
Caridade, enfim, na Terra
É buscar a perfeição,
A perfeição de si mesmo
No templo do coração.
Casimiro Cunha (Psicografado por Francisco Cândido Xavier, na sede da União Espírita Mineira, em 1938)
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Carta a minha mãe
Quis visitar-te o alônimo jazigo
Em que a humildade em paz se nos revela,
Contemplo a cruz, antiga sentinela
Erguida ao lado de um cipreste amigo.
Busco a memória e vejo-te comigo;
Estamos sob o verde da aquarela,
Teu sorriso na túnica singela
É luz brilhando neste doce abrigo.
Recordo o ouro, Mãe, que não quiseste,
Subindo para os sóis do lar Celeste
Para ensinar as trilhas da ascensão.
Venho falar-te, em prece enternecida
Do amor imenso que me deste à vida,
Nas saudades sem fim do coração.Auta de Souza
(Soneto recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião público do Grupo Espírita da Prece, na noite de 12 de março de 1989, em Uberaba, Minas Gerais)
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Soneto
O homem da Terra, mísero e precito,
No máximo de dor de que há memória,
Vai penetrar a noite merencóriado seu caminho desvairado e aflito.
No mundo, em toda a parte, ouve-se o grito
Da mentira em seus dias de vitória!
Ostentação, miséria, falsa glória
Afrontando as verdades do Infinito!
Mas ao coro sinistro das batalhas
Hão de cair as rígidas muralhas
Que guardam a ilusão do mundo velho!..
E após a dor, a treva e a derrocada,
O homem renascerá para a alvorada
Da luz divina e eterna do Evangelho!Olavo Bilac
(Soneto recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier, na sede da União Espírita Mineira, em 6 de agosto de 1939)
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Nunca esmoreças
Alma fraterna, recorda:
Os momentos infelizes
parecem noites de crises
Em que o céu lembra um vulcão;
Ribombam travões no espaço,
Coriscos falam da morte,
Passa irado o vento forte,
Tombando troncos no chão...
Os animais pequeninos
Gritam pedindo socorro
Descendo de morro em morro,
Cai a enxurrada a correr...
Mas finda a borrasca enorme,
No escuro da madrugada, Em riscas de luz dourada,
Vem o novo amanhecer.
Assim também na vida,
Se atravessas grandes provas,
Na estrada em que te renovas,
Guarda a calma ativa e sã;
Sofre, mas serve e caminha,
Vence a sombra que te invade,
Se a hora é de tempestade,
Há novo dia amanhã...
Emmanuel (Poema psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, publicado no "Jornal Município de Pitangui, no. 25, setembro de 1991)
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Os mortos verdadeiros
Vós que guardais dos mortos a lembrança,
Sois também, nos espaços, recordados,
Nos eternos caminhos aureolados
Pelos clarões da Bem-aventurança!
No país da Verdade e da Bonança,
Nós ouvimos as súplicas e os brados
De pobres corações despedaçados,
No cadinho da mágoa ou da esperança.
Das vibrações ignotas das esferas
Nós que fomos os homens de outras eras,
queremos mitigar a vossa dor!...
Sois os mortos nos círculos da Vida,
Nos sepulcros de carne apodrecida,
Desejosos de paz. De luz e amor!..
João de Deus (Soneto psicografado em 1937)
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Educai a criança
Um coração de criança
É uma urna de amor, de inocência e esperança.
É um jasmim em botão de imácula pureza
Perfumando o jardim do Amor e da Beleza.
É uma flor aromal.Uma Ave pequenina,
Que nos recorda a luz puríssima, inicial
Da morada divina!
Mas a alma infantil, como leiva de terra.
Guarda, cria e produz aquilo que ela encerra!
Coração original, terra pura e inocente
Que desenvolve em si a boa e má semente.
Se lhe deres o Amor que salva e regenera,
A esperança no Céu que se resigna e espera,
Os exemplos do Bem que esclarece e ilumina,
Os archotes da Fé que sonha e raciocina.
A lição do Evangelho em atos de bondade,
Os perfumes liriais da flor da Caridade.
A verdade, a Luz e o Amor - a trilogia
Que compõe no Universo os hinos da Harmonia
Vê-la-eis produzir dessas espigas d'ouro
De um dos trigais de abril imensamente louro.
Se lhe derdes, porém, as sementes do vício
Tereis o pantanal, a chaga, o meretrício,
A ferida social que sangra, que supura,
Os venenos letais da Dor e da Amargura!
Em vez do sol que aclara uma vida sublime,
Vereis a lava hostil que favorece o crime.
Educai, educai o coração da infância,
Roubai-o da torpeza do mal e da ignorância.
Plantai no coração dos pobres pequeninos
As árvores do Bem cheias de dons divinos...
Elevai-os na Terra aos píncaros da Luz,
Com os exemplos de Amor da vida de Jesus!
O coração da criança
É um sacrário de amor, de inocência e esperança.
Ponde nesse sacrário a hóstia que transude
A chama da Verdade e a chama da Virtude
E tereis praticado o ensino do Senhor
Que fará deste mundo um roseiral de Amor!
Guerra Junqueiro (Poema psicografado em 14 de julho de 1933, em Pedro Leopoldo. Dedicado a Júlio Leitão.)
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Alma Gêmea
Alma gêmea de minha alma
Flor de luz de minha vida
Sublime estrela caida
Das belezas da amplidão
Quando eu errava no mundo...
Triste e só, no meu caminho,
Chegaste, devagarinho,
E encheste-me o coração.
Vinhas na benção das flores
Da divina claridade,
Tecer-me a felicidade
Em sorrisos de esplendor!!
És meu tesouro infinito.
Juro-te eterna aliança.
Porque sou tua esperança,
Como és todo meu amor!!
Alma gêmea de minha alma
Se eu te perder algum dia...
Serei tua escura agonia,
Da saudade nos seus véus...
Se um dia me abandonares
Luz terna dos meus amores,
Hei de esperar-te, entre as flores
Da claridade dos céus.
Emmanuel (Psicografado por Chico Xavier)
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BALADA DE CARINHO
Suave e terno amigo,
Enquanto o coração convida à prece,
No reconhecimento que entretece
A berceuse feliz,
Encontro-te, com passos decididos,
No intercâmbio da Vida que esplendora,
E a gratidão te segue, hora a hora,
Na faina que bendiz!...
Louvando o jubileu
De serviços à dor e a desventura,
Nos santos testemunhos da fé pura,
A sobraçar espinhos,
Prossegues pela crença nobre e augusta,
Inda que por estradas tormentosas,
Colhendo cardos, mas doando rosas,
A perfumar caminhos...
Nas romagens do Bem,
Onde entrevês os cimos de Jesus,
Transportas, sem recuos, tua cruz
Em constante dever...
Embora a caminhada rude e agreste,
Ante acúleos da sombra e acicates do mal
Asserenar borrascas, fraternal,
A servir e ascender.
Em renúncias sabidas,
Entre estudo e trabalho, a serviço do amor,
Doas a existência em constante louvor
A luz que recompensa...
Violino cantante em mãos de artistas,
Brilhando que refulge obediente ao buril,
Alardeias ao mundo, a partir do Brasil,
O alvor de nova crença!
No intercâmbio da Fé,
Juntando devoções nas horas nuas,
Trago-te a inspiração, contudo as mãos são tuas
Sustentando a Verdade;
Choram granizos, urzes, mágoa e luta,
Na terra atormentada entre gemidos
Ouço e busco ajuda por teus ouvidos
à irmã Caridade...
Alma doce e querida,
Na cantiga singela, refrão a refrão,
Enfeito de amizade o coração
A saudar-te onde seja...
E osculando-te as mãos, em transportes de paz,
Repito, hoje e sempre, agradecida,
Rogando ao Senhor o Criador da Vida
Te abençoe e proteja.
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