terça-feira, 18 de agosto de 2009

Amar: a viagem que dá certo


Amar: a viagem que dá certo
A solidão cria indivíduos amargurados, ressentidos
Quando a vida de alguém não vai bem, sua tendência é isolar-se para evitar o sofrimento. Quando o chefe não consegue fazer a equipe envolver-se com o projeto, sua tendência será se sobrecarregar, levar um monte de tarefas para casa. A princípio, os resultados melhoram, mas, aos poucos, seu rendimento começa a cair em razão do cansaço.

Quando o pai percebe que o diálogo com o filho não está funcionando, sua tendência é se distanciar dele. Logo após essa decisão, pode sentir alívio por não ver que o garoto não estuda ou usa drogas. Mas até quando será capaz de sustentar essa situação?

Muitos sofrem com seu relacionamento amoroso. Depois de algumas decepções, tendem a se isolar e a adotar postura cética em relação ao amor. Preferem ficar em casa no sábado à noite. Passam os fins de semana sozinhos. Nunca aceitam o convite de um colega para sair. Mas, depois de algum tempo, a solidão aperta o coração.

Desistir de amar é uma viagem que dificilmente dá certo. Anos mais tarde, a pessoa reconhece que a solidão cria um indivíduo amargurado, que só sabe criticar e ver defeitos em todo mundo. Alguém cuja alma se encolhe por não receber carinho.

É preciso ir contra a tentação de buscar a solidão para resolver as dificuldades com o outro. A energia do amor nos leva à evolução. Sem amor, o ser humano murcha e seca como uma flor esquecida dentro da gaveta.


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Roberto Shinyashiki
É psiquiatra e autor de diversos best-sellers, como O sucesso é ser feliz.
Artigos: www.shinyashiki.com.br

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