Dos 21 milhões de internautas, no Brasil, pelo menos 30% já tiveram algum tipo de prejuízo.
Veja abaixo alguns dos principais golpes praticados na internet.
De quais e-mails devo fugir?
E-mails nos quais o remetente afirma ser Receita Federal e solicitam CPF;
Cartões com mensagens românticas de pessoas anônimas;
Fotos e imagens de desastres;
Loterias com prêmios mi9lionários informando que você foi o grande ganhador;
Foto torpedos;
Clique aqui e veja nossas fotos;
Entre outros...
Antes de comprar pela internet devo...
Verificar no site www.registro.br se a loja na qual eu pretendo fazer minha compra está cadastrada na lista de lojas on-line.
Onde baixo programas de forma segura?
Esses downloads devem ser feitos em sites oficiais, uma vez que crackers e hackers criam sites com endereços parecidos com os dos sites oficiais.
Exemplo:
www.caixaeconomica.com.br (falso)
www.caixa.com.br (verdadeiro)
Quais outros cuidados com a segurança que devo ter?
Manter o antivírus sempre atualizado e ter um bom programa de firewall. Alternativas gratuitas são AVG, Avast, Avirá entre outros.
O que fazer para não ter surpresas na hora de usar sistemas online de investimento em ações?
Use apenas sites onde o endereço inicie com “https”, que indica que o site passou por um processo de certificação de segurança, onde todos os dados enviados às corretoras são criptografados.
O que deve causar desconfiança?
Endereços que trazem na primeira parte o nome da empresa e na segunda um provedor gratuito;
Palavras em ordem estranha ou escritas de forma errada;
Quando o cursor é colocado sobre um link em um e-mail e surgem símbolos como “ftp/”, “”, “.exe”, “.scr” e “.bat”.
http://www.oficinadanet.com.br/artigo/1230/os_principais_golpes_praticados_na_internet
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
FERNANDO PESSOA
POEMA EM LINHA RETA
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Poema extraído do livro "O EU PROFUNDO E OS OUTROS EUS", Fernando Pessoa, antologia poética, editora Nova Fronteira)
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Poema extraído do livro "O EU PROFUNDO E OS OUTROS EUS", Fernando Pessoa, antologia poética, editora Nova Fronteira)
domingo, 13 de setembro de 2009
ACORDE PARA A VIDA!
Lembre-se: no caminho, há muitas placas de sinalização. É fundamental estar atento a essas placas, pois elas orientam a nossa caminhada. Não adianta tentar destruí-las, trocá-las de lugar, nem fingir que não as vemos
A vida sempre nos avisa quando estamos no caminho errado. Às vezes, no entanto, nossa inconsciência nos impede de perceber o que estamos fazendo conosco.
Adianta insistir em ir de São Paulo ao Rio de Janeiro pela Rodovia Fernão Dias, que leva a Minas Gerais? É claro que não! Mas quantas vezes vemos isso acontecer com um motorista?
Ele está lá, concentrado no volante, e as placas, durante o tempo todo, apontam a distância que falta para chegar a Belo Horizonte. Nem uma só vez aparece a distância que falta para chegar ao Rio de Janeiro. Mas ele segue em frente até que, de repente, a ficha cai:
– Puxa! Peguei a estrada errada!
Quantas vezes você fez algo parecido com sua vida?
Você afundou o pé no acelerador e foi em frente. As placas de sinalização mostravam que você estava na direção errada, mas você nem percebeu os sinais. Insistiu naquela estrada sem se dar conta de que estava entrando numa fria. Quando, enfim, percebeu que havia tomado o rumo errado, você ficou extremamente irritado e precisou pegar o primeiro retorno que encontrou.
Quando você decide trilhar um caminho, é importante escolhê-lo bem e e manter-se nele com persistência
É, sem dúvida, raro o fato de que alguém permaneça dirigindo em uma estrada de rodagem errada por muito tempo, mas há quem fique eternamente em um caminho de vida que não lhe traz felicidade. Muitas placas mostram o caminho errado, mas a pessoa continua insistindo. Os filhos avisam, a insônia avisa, a vontade de beber, que cresce dia após dia, avisa... Mas ela permanece naquele caminho como um robô teleguiado. Ignora os sinais da vida e procura justificar seu comportamento.
Existe um comportamento ainda pior: a destruição das placas de sinalização. É como se o viajante destruísse todas as placas que indicam que está a caminho de Belo Horizonte. Prefere destruí-las a parar e perguntar. Afasta-se dos verdadeiros amigos, que o avisam sobre o caminho errado, afasta-se do filho, que insiste em mostrar-lhe que não está bem, isola-se do mundo, abandona a terapia. Lembre-se: a destruição das placas não elimina a dificuldade de criar felicidade em sua vida!
Quando você decide trilhar um caminho, é importante escolhê-lo bem e manter-se nele com persistência. Se você, porém, perceber que está no caminho errado, será melhor mudar de rota. Faça o retorno mais próximo e comece tudo de novo! É muito mais proveitoso fazer isso do que seguir sofrendo eternamente.
Lembre-se: na vida, há sempre muitas placas de sinalização. São enxaquecas ou insônias frequentes, distúrbios alimentares, dificuldades sexuais, pessoas que se aproximam ou se afastam, brigas eternas no casamento, um filho que apresenta problemas de desenvolvimento emocional, enfim, uma infinidade de ocorrências – algumas aparentemente banais, outras avassaladoras – que nos oferecem indícios do caminho que estamos trilhando.
É fundamental estarmos atentos a essas placas, pois elas orientam nossa caminhada. Não adianta tentar destruí-las, trocá-las de lugar, nem fingir que não as vemos. Todas essas são tentativas infantis de nos iludir, pois, se estivermos seguindo um caminho que não leva à plenitude, os avisos se tornarão cada vez mais frequentes e intensos. No começo, sentimos uma angústia que se transforma em insônia e, de repente, torna-se depressão. E não adianta adiar o momento de mudar de estrada. Por mais que tentemos destruir os sinais, eles continuarão a aparecer à frente, até tomarmos uma decisão e escolhermos outro rumo.
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Roberto Shinyashiki
É psiquiatra e autor de diversos best-sellers, como O sucesso é ser feliz.
Artigos: www.shinyashiki.com.br
sábado, 12 de setembro de 2009
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